18 de junho de 2009

Em altar vazio, casei
Em cama vazia, deitei
Isso porque eu era rei
Teoricamente, mas rei

Governei errado e sequer notei
Quando cada cavaleiro se ia
Nem disso eu me valia
Por Deus! Eu era um rei!

Todos os decretos que assinei
Foram pensando no povo
Povo que a mim servia
Serviam somente ao rei

As pessoas foram sumindo
Seria, quem sabe, a praga?
Não! Era nada
Carrapato e urina de rato eu curava

Antes todos se curvavam
Hoje, nenhuma rainha reinava
Era o rei de eu mesmo
O bobo que a mim mesmo animava

Não gostava mais de ser rei
O eu-rei em nada mandava
Quando desisti de ser rei, acordei
Nunca seria o rei de nada

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