esse jardim que não floresce nada, grama que não nasce desde que a pisou. teu campo é estéril. um tanto quanto histérico. regado a ferro e portas fechadas. desde que nasceram. e nascem? é um vandalismo às escuras, o que pratica. um soco no estômago de quem já não come há dias, de quem não sonha há tempos, de quem não ama há anos. eis o porquê.
secura assim tem de molhar. amargura assim vai findar. um rosto triste assim não pode. cadê o sorriso que tanto gosto? põe ele aí de novo. nunca mais eu vi.
quero ver respostas por aí afora. quero o lugar seguro melhor de outrora. quero mato e bicho ao meu redor. quero promessas desse mundo melhor. nunca pior. tenhamos dó, e não tenhamos medo do porvir. pensa no tudo que nem conhecemos solto por aí. pensa nas promessas que te fiz, naquele velho dom de ser feliz. e enxuga essa lágrima lisa. mesmo com o claro dos teus olhos, no teu rosto ela não combina. esse sorriso de canto é melhor, um começo.
5 comentários:
Delicado, leve e capaz de transportar para o imaginário do leitor a lárgima que está sendo derrubada, além do sorriso de canto que pontua um novo começo. Lindíssimo!
Continuo acompanhando. E adorando.
É legal refletir a respeito do que você escreve. Adoro ler seus textos Belote!
Depois compartilho com você o que escrevo pelo mundo afora...
Suspeitei desde o princípio!
Por trás do cara tatuado, de alargador tem um cara sensível e cheio de flores no coração!
Gosto muito!
=)
Ahhh, obrigada pelo comentário!
Sabe que eu li o post inteiro e fiquei pensando: por que você não empilha isso e faz poesia mesmo? Mas ao invés de cortar exatamente na rima, seguindo o fluxo desse texto que você escreveu. É que eu acho tão bonito poesia, eu escrevo em prosa porque não sei de outro jeito... Mas você sabe! Tá tão gostoso de ler...
Um beijo.
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