18 de junho de 2009

Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Elis

O coração de fora samba sem querer...

Às vezes parece assim mesmo, parece que arrancaste o meu.
Assim, sem esforços; com simples vibrações de cordas, arrancaste o meu.
Não teve piedade.
Mas também, nem vida eu tinha, nem pensava em ter.
Também não pensava te querer bem, não pensava.

Se te ouço, na hora me felicito.
Eufórico, e diga-se de passagem: Euforia compreensível.
Se te vejo, deságuo.
Desabo num choro sentido, fosse feito um recém nascido.
Não te quero o peito, não te quero em trajes perfeitos, não te quero
linda nem tampouco atenciosa.
Te quero, e pronto!

Pois eu fico tonto, não agüento, me arrepia o corpo todo.
Murmura pra mim e me fará feliz;
Grita comigo e me fará o dobro;
Canta pra mim que eu acho meu mundo, respiro fundo e começo de novo.

Tens feito falta.
Porque abandonaste teu povo? Não te culpo, nem um pouco.
Qualquer um que o fizesse estaria louco, renunciaria à pátria.
Algo próximo de desafiar um deus.
Pois sim, quem não te gosta, não passa de um ateu.

Canto suave que vem de tempos.
Riso gostoso de ver, que traz à tona todo o escondido.
Frases cortantes, que em alguns faz doer o ouvido.

Eles não são capazes. Não, não são.
Se algum dia alguém sentir o que passa quando tu cantas,
Que me procure para tentarmos entender
Porque fico perto de Deus ao olhar pra você.

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