Eu sei muito bom do que se trata...
Sei como tratar da falta que ela me faz, sei tratar de inventar meu par, mesmo assim sem poder.
Sem caber dentro de mim tudo o que me proporciona. Não faço idéia, não faça idéia.
Escuta aqui...
Você cabe dentro de mim? Caibo eu em você?
Já não tentamos isso antes?
Queria eu...
Quem me dera...
Escuta aqui!
Não se faça de...de...de...não se faça a coisa mais perfeita.
Mesmo você sendo, mesmo eu te querendo, mesmo ardendo tanto esse desejo.
Mesmo doendo...
Mas se não fosse assim, talvez não valesse a pena, eu não correria esse risco.
Pois de todos, este é o pior.
É como se eu não respirasse, como se eu tivesse as pernas atadas, como se nada fosse compreendido pelo meu pensar.
Mas basta tu citar um daqueles teus poemas, os que tu mais gostas, e eu pondero:
É como...
Amar é....
Não, não é assim que eu costumava usar as palavras. Talvez elas estejam fugindo de mim.
Talvez tenha eu as usado demais. Talvez seja isso.
Talvez eu devesse parar de usar as palavras. Melhor começar a usar as mãos.
Um ato vale mais, mas ao mesmo tempo é tão insensato. A conotação é outra.
Tal ato poria tudo por água, terra e ar abaixo.
Algo que eu não quero.
Eu não quero sair daqui. Eu espero o tempo que for, tempo bom ou tempo ruim.
Acho que está chovendo lá fora...
Melhor eu sair e aproveitar.
Há tempos eu não faço isso.
Mas hoje eu vou. Mesmo que aparente não ser possível.
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